Vou partir … já antevejo a terra estranha
Muitas vezes na ausência um bem consisteNão para mim, meu Deus que sou mais triste
Que a solidária urze da montanha
Lembrança do passado me acompanha
Que há muito a mocidade não existe
Minha alegria, amor, por que fugiste
Deixando assim minha alma em dor tamanha?
Tenho tudo presente: a escola, a igreja
O próprio mar que a minha terra beija
Os meus brinquedos que jamais voltaram
Comigo levo a aldeia onde nasci
A candura de uns olhos que perdi
E que mais uma vez por mim choraram
Extraido do livro "Musa Rústica"
Virgílio de Oliveira
Poeta que muito amou e cantou esta sua terra natal
Fez este poema antes de partir parar os Estados Unidos da América, onde faleceu
Publicou os seguintes livros:
Romeiros da saudade 1931
Ecos da planície 1946
Vinha do Senhor 1950
Poemas escolhidos 1954
Rosas que vão abrindo 1956
Poemas dispersos 1965
Faleceu em 1967
Sou a filha de Virgílio de Oliveira. Encontro-me nos Estados Unidos, mas a minha terra natal chama-me de longe. Ainda hoje a poesia de meu pai emociona-me muito. Lembre-me dos belos tempos passados. Bem Haja!
ResponderEliminarSou a filha mais nova do poeta, Lorena Patrício de Oliveira Dauteuil
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